1.6.10

Apresentação do Projeto Voo

Numa performance que vai da poesia ao Clown, do drama à técnica circense, a atriz, cantora e bailarina Luciana Bollina nos apresenta Voo, um monólogo que revela o percurso de uma jovem em busca do autoconhecimento, numa viagem lúdica sobre a eterna busca pela liberdade criativa.
Associando prosa, poesia, música, uso do corpo e acrobacia aérea à interpretação, o espetáculo aborda e põe em evidência os medos, as paixões, as seduções e os malefícios das drogas, os rótulos de imagem e beleza impostos pela sociedade, e a liberdade da aceitação da personalidade e da individualidade, valores humanos que se perdem no meio de uma geração multitarefa e dispersa. Com uma estrutura cênica intimista, que exige maior proximidade do público, Voo propõe um questionamento existencial e social, através dos conflitos comuns aos jovens sobre seu papel no mundo, e acompanha o incômodo da jovem personagem com relação aos limites e barreiras da sociedade e seu questionamento quanto aos rótulos do mundo material. Estabelece-se, assim, uma separação entre seu mundo interno e cheio de possibilidades e o mundo comum a todos nós. Todo o seu anseio está em se entender e revelar o seu potencial, podendo ser livre e feliz.
O teatro se aproxima de uma pintura viva, e a união da luz, da cor, das imagens, da música, da dança e da interpretação possibilita a compreensão dos sentimentos da personagem através de todos os canais de sensibilidade. Performático, poético, com uma linguagem artística muito ampla e com fortes objetivos sociais, filosóficos e existenciais, Voo põe em evidência os temores internos, os bloqueios externos, os hábitos de uma geração de jovens super conectada pelas tecnologias, amedrontada pela violência cotidiana e amparada por drogas e psicotrópicos utilizados como fuga e como forma de socialização.
Após uma temporada experimental no Teatrix de São Paulo, de agosto a outubro de 2007, em março de 2008 Voo participou do Festival Internacional de Teatro de Curitiba. Agora, sob a direção do ator, diretor e dramaturgo Ricardo Conti, chega ao Rio em nova montagem.