Bem vindos ao blog da peça Voo! Voo é um monólogo escrito e interpretado por Luciana Bollina que foi montado em São Paulo e participou do Festival de Teatro de Curitiba como teatro. Agora será remontado no Rio de Janeiro sob nova concepção e direção! Será dança-teatro! Fiquem à vontade para voar conosco nessa montagem! Todo o processo de criação será postado aqui!
13.3.06
O palhaço de colorir
Cercada por espelhos de diversas feições
Me assisto em mutante reviravolta
Me espremo em cores intensas, canções
E um palhaço amigo me abre a porta
Porta do meu destino criado em confusão
Que sabendo ou não de sua existência
Me ampara com seus sinais de vida
Palhaço das pistas invisíveis e sorriso aberto
Doa-me sempre em sua essência
A verdade que construo a cada passo
Sorri, faz laços e chora
Quero o mais puro AGORA
Portas pregadas em faces espelhadas
Curiosa abro com fervor as tantas pistas
Ajuda-me e segura-me, mas sem proibir
Troca meus espelhos de lugar
Mas não me deixa esquecer seu rosto
Permanece com suas cores em seu posto
Cria meu casulo de idéias e me deixa ar
Assopra com purpurina meus pesadelos
Conta-me sempre a verdade de meus elos
E me ajude sempre a criar, sem inventar
Espelhos das faces errantes
Espelhos que me refletem
Espelhos que me colorem
Espelhos mutantes
São eles que fazem o palhaço pintor
Meu companheiro de idéias
E no meu palco és o primeiro ator
Não me abandone nunca
Pois sem a ingenuidade de te olhar colorido
Perco a esperança de caminhar puramente
De passear entre as temíveis verdades dos espelhos
E de sorrir quando, um dia, o reflexo sumir.
11.2.06
A Bela de Asas Coloridas
O mundo está preso
Está sim
Casulo de cetim e algodão
Conforto atraente
Loucura da mente
Que nos deixa presos na ilusão
De que tudo está aqui
Não devemos nunca sair
Abri de repente essa linda casa
A asa jogou tudo pra longe dali
Eu vi
Tudo era novo ali na frente
Mas consciente eu quis insistir
Olhei para trás vi uma baita asa
Tão linda, tão bela sem nenhuma casca
Sem nenhuma casca
Ai que medo que eu tive dela
Balela! Vou voar com ela
Frente, passos com cuidado
O mundo está cheio de falsos palhaços
A terra molhada
Querendo sementes
As mentes em galhos
Chamando, chamando
Trás, enorme asa enorme
Ai que medo que eu tive dela
Balela, vou voar com ela
Não quero mais ficar no chão
Andar, correr, não quero mais
O que eu faço pra entender
O mecanismo do voar
Uma multidão de mim
Sou fria e branca
Para entender o círculo que me contorna
E me fixa e estabiliza
Como a raiz de uma árvore que floresce.
Imito o sol, sendo amarela e laranja
Para que o preto sem estrelas não me engula
Ele apenas assombra e assopra.
Dentro de mim pode-se ver um quadro colorido com tons e sobre-tons.
O mundo tem uma sala.
Nela há quadros infinitos, porém coloridos...
O mundo é exigente, modifica os quadros pra uma sala mais bonita.
Sou arte pintada de Mundo Real.
Para entender o círculo que me contorna
E me fixa e estabiliza
Como a raiz de uma árvore que floresce.
Imito o sol, sendo amarela e laranja
Para que o preto sem estrelas não me engula
Ele apenas assombra e assopra.
Dentro de mim pode-se ver um quadro colorido com tons e sobre-tons.
O mundo tem uma sala.
Nela há quadros infinitos, porém coloridos...
O mundo é exigente, modifica os quadros pra uma sala mais bonita.
Sou arte pintada de Mundo Real.
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