22.4.10

Soldados Prontos?

Meus sinceros votos de paz
Àqueles que vivem inundados na beleza e na desgraça
Que se comece um novo tempo depois das traças
E a calamidade se transforme em cais

De Sorocaba até o Rio
Vejo a vida por outro ângulo
Imersa em sonhos de criança
Não desistindo de entrar na dança
Comungo da diferença espero e espio

Tudo passa assa e caça
No último grito triste dos ignorantes
Anunciando o aço da justiça
Fazendo parte de uma ameaça
Testando rezas para ser como antes
Liquidando o sonho da máscara postiça

Talvez agora possamos ser mais do que somos
E a calamidade represente um sonho
Sonhado por pequenos capitães de notas
Que acordarão soldados prontos para guiar as tropas

É um desejo nobre e forçado
Filho de um tempo pobre e alvoroçado
Representando o ponto de mutação
Do capitalismo à revolução!